quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Conto do Cicloturista movido à álcool e agradecimentos

Ontem, andando de bike, cruzei com o "baixinho". Não sei o seu nome, mas apenas o apelido pelo qual já o conhecia quando o atendia na oficina da bicicletaria do Titânio. Falou que pretende fazer uma viagem de bike, percorrendo uma distância de cerca de trinta a quarenta quilômetros até chegar à casa de parentes, para retornar no dia seguinte. Está satisfeito com a sua bike, um modelo simples avaliado em cerca de R$ 200,00. Disse que algumas pessoas já ofereceram algum dinheiro pela sua bicicleta, um ofereceu 50 reais, outro 100... mas conforme ele disse, "não achei a bicicleta, não vou dar de graça. Quando eu bebia joguei muita coisa fora, mas já faz dois anos e dois meses que não bebo, agora posso ter minhas coisas".

Contou-me ter conversado com um sujeito que está bebendo pelos bares da Pinheira, ostentando uma bicicleta com bandeiras do Brasil e de um estado que não soube identificar, carregando bagagem e algumas panelas dependuradas. Na conversa com esse sujeito, o mesmo anunciou que viaja patrocinado. O Baixinho, conhecedor da vida nos bares, não caiu no conto do cicloturista movido à álcool.

Quando iniciei os preparativos para a viagem, alguns amigos me sugeriram buscar patrocínio. Mas, buscar patrocínio com quem? bater em qualquer porta, tentando "vender" um anúncio na camiseta ou na bike? Creio que foi o que esse improvável cicloturista fez - se é que realmente o fez, pois isso muito parece papo de bêbado. A verdade é que ninguém oferece dinheiro sem esperar algo em troca, e não estou disposto a negociar parte do meu objetivo.

Mesmo assim, fiz contato com a editora de uma revista da qual sou assinante, e pela qual tenho empatia, perguntando se lá existe um canal para alguma espécie de apoio. Isso faz quase um mês e sequer recebi resposta.

Por outro lado, conheci algumas pessoas que curtiram a idéia da viagem e querem se manter informadas. Essas pessoas ofereceram o mais importante, o seu apoio moral e o seu pensamento projetado à distância. Isso sim, me alimenta e dá força neste momento, mais do que eventual vínculo financeiro.

Assim, no final desse post, faço meus agradecimentos aos meus amigos e familiares, e também cito o Raul, da AVM Aventura, de Torres. Encontrei a sua loja por acaso, lá fui muito bem atendido e ainda consegui os melhores preços nos equipamentos da Trilhas e Rumos. Trabalha também com material da Curtlo, e além disso com equipamentos para motociclistas: consegui um ótimo preço de óleo para minha suspensão - Motorex 5W. Não esquecendo também o Maurício da POC, fabricante de alforjes, que pediu para que eu tire algumas fotos de equipamentos de outros cicloturistas que eventualmente encontre pelo caminho, para que ele possa evoluir o seu produto.

Bagageiro



Aqui em Santa Catarina não encontrei alguém com um aparelho de solda TIG, necessário ao meu projeto de conserto e reforço, devido à pequena espessura do tubo e esquadria de alumínio que usei. Então, aproveitando minha ida à Porto Alegre, fui na Satti Soldas, empresa especializada que fez um ótimo trabalho ao custo de R$ 70,00. Também substituí as hastes de fixação ao tubo do canote, em alumínio, por outras em aço, serradas de um bagageiro comum. Tive que fazer essa alteração pois as hastes originais Tranz-X ficaram curtas, e a despeito do maior peso, adquiri maior resistência em um possível ponto de fadiga, conforme me alertou o Sidnei da Satti.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Nova bike



Estou com uma nova companheira de viagem. Eu não pretendia mudar de bike tão cedo, pois recém havia montado minhas rodas VMAXX em um quadro GTI com suspensão Suntour XCMV2, pedivela GTS, corrente HG, K7 , câmbio Deore e passador Altus, uma mistureba daquelas.

Mas à duas semanas surgiu a possibilidade de adquirir uma Merida HFS 2000, original e praticamente sem uso. Decidi assumir, e creio que não me arrependerei. Faltam os pedais originais, talvez eu os receba ainda do antigo dono.

Instalei um bagageiro Tranz-X e estou tentando fazer um reforço nele, na próxima semana irei à Porto Alegre na Satti Soldas, então contarei aqui o desfecho do projeto.